quinta-feira, 14 de março de 2019

20 de março - Dia Internacional da Felicidade




Já sorriu hoje? J

Em 2012, os 193 estados-membros da ONU (Organização das Nações Unidas), aprovam por unanimidade “O Dia Internacional da Felicidade” defendendo que a busca pela felicidade é um objetivo humano fundamental.

Esta data surge por sugestão do Butão, um pequeno reino budista localizado nos Himalaias que adota como estatística oficial a "Felicidade Nacional Bruta" em vez do Produto Interno Bruto (PIB).

Este dia visa promover a felicidade das pessoas e mostrar como esse sentimento é fundamental para o bem-estar das nações. Assim, em 2013 comemorou-se pela primeira vez o Dia Internacional da Felicidade.

Todos os anos, o “World Happiness Report”, um estudo patrocinado pela ONU, elege os 155 países mais felizes do mundo tendo, por base indicadores como a liberdade, os serviços de saúde, a educação, a esperança média de vida, o apoio social ou o rendimento médio. Nos últimos anos surge a Finlândia, no topo do ranking, mas as dez primeiras posições são ocupadas pelos mesmos países dos últimos dois anos, embora com algumas trocas de lugares. Quatro países diferentes ocuparam o primeiro lugar nos quatro relatórios mais recentes - Dinamarca, Suíça, Noruega e agora Finlândia. Portugal encontra-se na 77 posição deste ranking.

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Na verdade, todas as pessoas procuram a felicidade. Os psicólogos salientam a importância da felicidade na vida das pessoas e a necessidade destas se conhecerem a si mesmas para conseguirem alcançar o bem-estar desejado. A felicidade não é algo que nasce connosco, é algo que se constrói, e que se transforma, com as nossas vivências. É um estado, uma emoção num momento, que se pode prolongar por uma vida, com diversas intensidades.

Nunca conseguimos estar felizes durante 24 horas por dia, todos os dias. A vida acontece, traz-nos desilusões, contratempos, problemas. É a capacidade de enfrentar a vida, que nos faz encontrar a verdadeira felicidade. Ser feliz é diferente de ESTAR feliz. SER feliz é uma escolha, pois a Felicidade tem que vir do nosso interior, não do exterior, dos outros.
A escolha que fazemos em ser felizes, não é fácil, mas é possível!

terça-feira, 6 de novembro de 2018


Nomofobia


O termo nomofobia tem origem no inglês No-Mo ou No Mobile, que significa sem telemóvel. É usado para descrever a fobia ou sensação de angústia que surge quando alguém se sente impossibilitado de comunicar, ou se vê incontactável quando está sem o seu telemóvel ou sem outro dispositivo tecnológico.
É uma doença relativamente recente, que surgiu pelas mudanças e avanços tecnológicos da sociedade.
As novas tecnologias tornaram a comunicação entre as pessoas tão fácil quanto o aperto de um ou dois botões. A facilidade de entrar em contato com outras pessoas e, ao mesmo tempo, de estar ao alcance delas traz inúmeras consequências, tanto positivas quanto negativas.
O indivíduo com nomofobia sente ansiedade e/ou falta de ar, tonturas, tremores, suores frios, batimentos cardíacos acelerados, dor no peito e até ataques de pânico, irritabilidade, sensação de solidão (mesmo quando se está rodeado por muitas pessoas) e falta de concentração.
As pessoas com Nomofobia não conseguem imaginar sair à rua sem o telemóvel, e caso se esqueçam deste voltam atrás para o buscar. É também comum abandonarem o que estão a fazer só para atender o telemóvel.
Em situações mais graves, este problema pode afetar os relacionamentos interpessoais, havendo um distanciamento do mundo real.
Causas
Baixa auto-estima e dificuldades nos relacionamentos sociais são fatores de risco que podem causar nomofobia.
O vício no sistema de recompensa de redes sociais  –  como os likes do facebook, views em vídeo de youtube, e ‘corações’ no Instagram – também pode ser um fator que contribui para a dependência, pois é uma forma de obter pequenos prazeres psicológicos de forma fácil e rápida.




Consequências
- A nomofobia afeta significativamente o processo de ensino-aprendizagem dos estudantes, uma vez que estes sentem ansiedade e medo quando não estão com os seus telemóveis e observam frequentemente os seus aparelhos durante as aulas, ansiosos por mensagens;

- Prejuízo nas relações socio-afetivas dos jovens, privilegiando estes as interações via telemóvel,
- Problemas ao nível da comunicação em família.

Se reages mal quando perdes a rede móvel ou simplesmente não existe wifi, e te identificas com algum dos sintomas acima, deves consultar um especialista para fazer um diagnóstico preciso e pensar na ação oportuna para curar a dependência patológica do telemóvel. A coisa mais importante é identificar o problema e logo após, pedir ajuda.
Podes fazê-lo junto do Serviço de Psicologia e Orientação da tua escola.



quinta-feira, 18 de outubro de 2018

Dia Mundial da Saúde Mental


Todos os anos, por iniciativa da Organização Mundial de Saúde (OMS), comemora-se o Dia Mundial da Saúde Mental, no dia 10 de Outubro.
A Organização Mundial de Saúde define a saúde mental como «o estado de bem-estar no qual o indivíduo realiza as suas capacidades, pode fazer face ao stress normal da vida, trabalhar de forma produtiva e frutífera e contribuir para a comunidade em que se insere» (OMS, 2002).
Portanto, define a Saúde Mental não só como a ausência de doença, mas como uma situação de bem-estar físico, mental e social que não é igual para todas as pessoas, depende do indivíduo, dos contextos económicos, sociais, culturais e políticos onde se encontra inserido.
Verifica-se por vezes uma tendência para separar a saúde mental da saúde física. Porém, elas são inseparáveis, não há saúde física sem saúde mental. O que não se resolve na mente, o corpo pode transformar em doença.
Uma pessoa com boa saúde mental sente-se bem consigo e na interação com os outros. Responde positivamente aos desafios e exigências do meio e do quotidiano. Este estado permite-lhe desempenhar os seus papéis como estudar, trabalhar, relacionar-se com a família e com os amigos.
Embora a grande maioria das crianças e dos adolescentes viva a sua infância e adolescência sem dificuldades significativas, cerca de 20% revelam perturbações psiquiátricas. Muitas das doenças mentais da idade adulta revelaram sintomas ou iniciaram-se na adolescência, sendo o diagnóstico precoce dessas afeções um aspeto decisivo para uma boa evolução.
Os problemas de saúde mental em crianças e adolescentes são frequentes, podem afetar profundamente o desenvolvimento e a autonomia do futuro adulto, e muitos deles tendem a ter uma evolução crónica, com repercussões negativas e graves a nível familiar, educativo e social. A saúde mental de crianças e jovens está intimamente interdependente do funcionamento familiar que, por sua vez, também está dependente de dimensões mais vastas, como a ocorrência de acontecimentos de crise a nível individual (uma doença física grave, uma depressão), relacional (a separação, o divórcio) ou social (o desemprego, a recessão económica). Existe alguma evidência de que os problemas de saúde mental em crianças e adolescentes têm aumentado, os quais atualmente atingirão valores de 15-30% em amostras pediátricas, constituindo uma verdadeira pandemia, e que muitos terão uma continuidade na vida adulta.
Dada a importância desta temática, o Serviço de Psicologia e Orientação do Agrupamento Dr. Bento da Cruz, assinalou esta data com uma atividade na qual se afixaram mensagens positivas e frases alusivas ao dia. Esta atividade terá continuidade no restante mês, através da presença das psicólogas do Serviço em palestras dirigidas às turmas, por solicitação dos respetivos Diretores de Turma.






segunda-feira, 9 de abril de 2018

ORIENTAÇÃO ESCOLAR E PROFISSIONAL


Na adolescência - período no qual ocorrem modificações biológicas e psicológicas - o jovem procura definir a sua identidade, adquirir a imagem corporal e consolidar a sua personalidade. O adolescente tem, portanto, como tarefa primordial, nessa etapa da vida, a definição de identidade pessoal: sexual, ideológica, religiosa e profissional.
O momento da tomada de decisão em relação a que profissão seguir pode gerar muita ansiedade, pois envolve aliar: interesses, aspirações, medos, exigências familiares, sociais e do mercado de trabalho. Nesse sentido, a escolha da profissão adquire relevância e requer, muitas vezes, a intervenção de profissionais especializados. Assim sendo, a Orientação Vocacional configura-se como o campo de atividades que dispõe de conhecimentos teóricos e práticos destinados a facilitar o processo de "escolha" e elaboração de projetos futuros, sobretudo, do adolescente.
Neste sentido, os serviços de psicologia e orientação das escolas proporcionam o acesso a serviços de apoio educativo especializados que asseguram uma intervenção pedagógica individualizada ou em grupo e que apoiam os jovens nas opções que tomam ao longo do seu percurso escolar, facilitando assim o desenvolvimento da uma identidade pessoal e a construção de um projeto de vida pessoal. Tanto os especialistas em orientação escolar como os professores/diretores de turma exercem um papel fundamental no acompanhamento dos alunos, na clarificação das trajetórias possíveis, na articulação com outros serviços de apoio socioeducativo, na proposta e celebração de protocolos entre escolas e serviços diferentes, empresas e outros agentes da comunidade ao nível local.
Os serviços de psicologia e orientação desempenham também um papel relevante na identificação e monitorização de situações problemáticas que possam surgir no processo de aprendizagem; no aprofundamento da autoestima dos alunos por via do apoio psicológico e da orientação dos estudos; na implementação de estratégias de transição para a vida ativa, encorajando os alunos que frequentam o ensino básico e secundário no desenvolvimento de competências e atitudes de «aprendizagem ao longo da vida».

No próximo dia 26 de abril, este Agrupamento irá receber, uma vez mais, uma Feira de Orientação Escolar. À semelhança de anos anteriores, teremos a presença de diversas Instituições de Ensino Superior e outras Entidades que certamente contribuirão para ampliar os horizontes e perspetivas dos alunos, uma vez que terão contacto direto com toda a informação que necessitam para poderem realizar uma análise cuidada das ofertas educativas e formativas disponíveis e tomarem as suas decisões num fututo próximo.
Esperamos que esta atividade seja uma mais-valia para a construção do projeto de vida dos que nela participam e que todos os alunos se envolvam ativamente na recolha de informação junto das entidades presentes.

terça-feira, 6 de março de 2018

Drogas e Adolescência


De acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), o termo droga aplica-se a todas as substâncias que se caracterizam por:
– Produzir alterações no equilíbrio do organismo ao serem introduzidas por diversas vias, como inalação, ingestão, injeção, etc. ;
– Provocar no indivíduo dependência física, psíquica ou ambas;
– Conduzir o organismo à tolerância aos efeitos que produz;
– Levar à síndrome de abstinência, quando deixam de ser consumidas.
A adolescência é uma fase do desenvolvimento humano em que ocorrem muitas mudanças, é uma fase conflituosa da vida devido às transformações físicas e emocionais. Surge a curiosidade, os questionamentos, a vontade de conhecer, de experimentar o novo, mesmo sabendo os riscos, e um sentimento de ser capaz de tomar as próprias decisões. Para a grande maioria dos jovens, ter experiências novas (lugares, músicas, amigos e também drogas) não necessariamente trará problemas permanentes, e muitos se tornarão adultos saudáveis. Mas, na realidade, há jovens que passam a ter problemas a partir do momento em que experimentam essas novas experiências, e por conta disso a adolescência é um período de risco para o envolvimento com as drogas. A curiosidade natural dos adolescentes é um dos fatores de maior influência na experimentação de várias drogas, assim como a opinião dos amigos. Essa curiosidade fá-los buscar novas sensações e prazeres. O adolescente vive o presente na busca por realizações imediatas e o efeito das drogas vai de encontro a isto, proporcionando prazer imediato.

Quando um jovem experimenta uma droga, geralmente fá-lo por pressão do grupo de amigos ou por curiosidade. Também pode acontecer que o faça para “fugir” dos problemas ou por problemas emocionais. O abuso das drogas depende dos mais variados fatores, como o estado psicológico, as condições socioecónomicas, solidão e o aliciamento exercido pelos outros.
Os prejuízos provocados pelas drogas podem ser agudos (durante a intoxicação ou "overdose") ou crónicos, produzindo alterações mais duradouras e até irreversíveis. O uso de drogas por adolescentes traz riscos adicionais aos que ocorrem com adultos em função de sua vulnerabilidade. Todas as substâncias psicoativas usadas de forma abusiva produzem aumento do risco de acidentes e da violência.
Progressão:
            Experimentação
                        Uso Regular
                                   Uso Frequente
                                               Abuso
                                                           Dependência
Prevenção e Tratamento
Os Especialistas afirmam que a melhor forma de combater as drogas é a prevenção. Informação, educação e diálogo é o caminho para a prevenção do consumo de drogas, seja tabaco, álcool ou drogas mais pesadas.
Dependendo do tipo de droga, as consequências podem ser:
- Gastrite, derrames cerebrais, enfraquecimento cardíaco e aumento da pressão arterial, diminuição da capacidade reprodutora, hepatite, perda de massa muscular, deficiência pancreática – no caso do ÁLCOOL
- Avermelhamento dos olhos, boca ressequida, aumento dos batimentos cardíacos, perda de capacidade respiratória, bronquite, cancro do pulmão, diminuição da produção de espermatozóides, memória e raciocínio prejudicados, desregulação do ciclo menstrual, danos cerebrais, derrame cerebral, enfarte.

Para além de todas estas consequências, o dependente perde a sua liberdade de escolha, perde o controlo sobre esta decisão, pois vive para satisfazer a sua necessidade.
À medida que se consome, torna-se necessário um número cada vez maior de doses para ter a mesma sensação que tinha antes.

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

Violência no Namoro

Entramos hoje no mês em que se comemora o Dia dos Namorados. Este Serviço não poderia deixar de assinalar esta data alertando para algo que, muitas vezes é aceite como fazendo parte de um relacionamento amoroso, mas que não deve ter cabimento numa relação de amor e confiança, falamos da Violência no Namoro.

É um ato de violência, pontual ou contínua, cometida por um dos parceiros (ou por ambos) numa relação de namoro, com o objetivo de controlar, dominar e ter mais poder do que a outra pessoa envolvida na relação. 

Tipos de violência:

VIOLÊNCIA FÍSICA - Por exemplo, quando o/a teu/tua namorado/a:
  •         Te empurra;
  •          Te agarra ou prende;

  • Te atira objetos;
  • Te dá bofetadas, pontapés e/ou murros;
  • Ameaça usar a força física ou a agressão.

VIOLÊNCIA SEXUAL – Por exemplo, quando o/a teu/tua namorado/a:
  • Te obriga a praticar atos sexuais (sexo anal, sexo oral e/ou vaginal), mesmo quando não queres;
  • Te acaricia (ou força carícias), sem que isso seja desejado.

VIOLÊNCIA VERBAL - Por exemplo, quando o/a teu/tua namorado/a:
·         Te chama nomes e/ou grita;
  • Te humilha, através de críticas e comentários negativos (ex.: “Não vales nada.”);
  • Te intimida e ameaça.

VIOLÊNCIA PSICOLÓGICA - acontece quando o agressor:
  • Parte ou estraga os objetos ou roupa da vítima;
  • Controla a sua maneira de vestir;
  • Controla o que ela faz nos tempos livres e ao longo do dia;
  • Liga-lhe constantemente ou envia mensagens;
  • Ameaça terminar a relação como estratégia de manipulação.

VIOLÊNCIA SOCIAL - acontece quando o agressor:
  • Humilha, envergonha ou tenta denegrir a imagem da vítima em público, especialmente junto dos seus familiares e amigos;
  • Mexe, sem o seu consentimento, no teu telemóvel, nas suas contas de correio eletrónico ou conta do Facebook;
  • Proíbe a vítima de conviver com os amigos e/ou família.

A violência no namoro é um padrão
Quando falamos de violência no namoro, falamos de um padrão que se repete, de uma dinâmica relacional em que um dos elementos do casal, através da violência, pretende controlar, dominar, submeter o outro. Inicialmente assume formas de dominação socialmente aceites que, com o tempo, se vão tornando mais graves, frequentes e destrutivas.

A violência no namoro nem sempre é óbvia
Existem táticas subtis, formas mascaradas de exercer poder e controle sobre a outra pessoa. Tão subtis que podem ser impercetíveis. Por vezes exprimem-se sob a forma de preocupação com o relacionamento e com o bem-estar do/a parceiro/a e podem ser confundidas com manifestações de amor.

A violência no namoro é um fenómeno transversal
Há situações de violência nas relações de namoro em todos os grupos sociais: as vítimas e as pessoas que agridem podem ser ricos ou pobres, muito ou pouco escolarizados, habitantes em zonas rurais ou urbanas, celebridades ou cidadãos/ãs comuns. A violência não é exclusiva dos/as consumidores/as de drogas ou álcool, nem das pessoas com doença mental, podendo ou não coincidir com o consumo daquelas substâncias, podendo ou não estar associada a situações de doença mental.

Violência no namoro e conflito não são sinónimos
O conflito é normal nas relações amorosas. Serão raras, ou até mesmo inexistentes, as relações de plena harmonia. Não devem evitar-se os conflitos a qualquer custo, estes podem ser construtivos e permitir que as pessoas e a relação cresçam.
Pelo contrário, a violência é sempre negativa e destrutiva. É uma forma inaceitável de resolver conflitos.

PORQUE SE MANTÉM UMA RELAÇÃO DE NAMORO VIOLENTA?

Porque há um ciclo que aprisiona
O “ciclo da violência” pode ajudar a explicar o facto de a vítima não tomar a iniciativa de romper a relação. Este ciclo desenvolve-se em 3 fases:
A fase da acumulação de tensão caracteriza-se pela expressão de sentimentos negativos, insultos, humilhações e recriminações. O ambiente cada vez mais tenso leva a vítima a evitar situações que possam gerar o conflito para minimizar o risco da explosão violenta.
Na explosão violenta “descarrega-se” a tensão contida. Os comportamentos violentos são de maior intensidade e gravidade, podendo haver agressões físicas, ameaças, uso de armas, abusos sexuais, violação, etc.
Na fase da “lua-de-mel” há como que uma compensação amorosa: a pessoa que agride mostra-se arrependida e promete que não vai voltar a ser violenta. Há manifestações de afeto, oferta de presentes, pedidos de desculpa. Nesta fase, renova-se a esperança na mudança e minimiza-se as agressões sofridas.

Porque se idealiza o amor
Apesar de o “… e viveram felizes para sempre” só acontecer nos contos de fada, na verdade, alimentamos a convicção de que o amor é capaz de superar todos os obstáculos. Muitos/as jovens mantêm relações violentas porque acreditam que “o amor resiste a tudo” e tem o poder de mudar o carácter da pessoa amada.
Estas conceções idealizadas do amor levam muitas vezes a vítima a continuar na relação, na esperança de que o seu “happy end” chegará um dia.

Porque se romantizam os ciúmes
É habitual considerar-se que o ciúme é uma expressão de amor. Mas quando um/a namorado/a tem um comportamento violento sempre que alguém se aproxima do seu par, tenta isolá-lo e mantê-lo afastado de potenciais rivais, impedindo-o, por exemplo, de sair com amigos/as, não estamos perante expressões de amor, mas sim perante o desrespeito e o desejo de controle do outro.
Infelizmente, na nossa sociedade, há ainda uma grande tolerância a “cenas de ciúmes” violentas. Estas são frequentemente minimizadas ou romantizadas, considerando-se manifestações normais de descontrole emocional causado pelo ciúme.

COMO SE SENTE A VÍTIMA?

      Apesar de o/a nosso/a namorado/a nos maltratar continuamos a gostar dele/a.
      Não o/a queremos magoar, desiludir, nem prejudicar.
      Não queremos ficar sozinhos/as ou temos medo que a relação acabe.
      Temos vergonha de contar o que se está a passar e de pedir ajuda.
      Temos medo que ninguém acredite em nós ou que ninguém nos consiga ajudar.
      Temos medo que o/a nosso/a namorado/a nos faça mal ou faça mal a si próprio/a se contarmos o que está a acontecer.
      Temos esperança que ele/ela mude ou ele/ela promete que vai mudar.
      Desculpamos ou entendemos o comportamento dele/a por causa do ciúme ou pelo facto de gostar de nós.

O QUE FAZER?
Se fores vítima de violência no namoro:

Enquanto não te sentires seguro/a para tomar uma decisão definitiva ou para pedir ajuda, há algumas estratégias que te podem proteger:
      Opta por locais públicos e movimentados para estares com o/a teu/tua namorado/a. Locais isolados podem colocar-te em risco.
      Escolhe atividades em que estejas com o/a teu/tua namorado/a na presença de outras pessoas (ex.: o teu grupo de amigos).
      Muda as rotinas (ex.: o teu percurso para a escola e da escola para casa) e procura estar na companhia de amigos ou colegas de turma.
      Quando saíres diz a alguém em que confies onde vais e a que horas regressas.
      Grava contactos telefónicos importantes no teu telemóvel, para poderes pedir ajuda facilmente caso precises.
      Se sentires que estás em perigo, procura imediatamente alguém ou um sítio mais seguro (ex.: um sítio onde estejam mais pessoas). Podes também ligar 112. O profissional que atender a tua chamada enviará para o local onde te encontrares os meios necessários para te proteger.
      Conta a um adulto da tua confiança o que se está a passar. Os adultos só poderão apoiar-te e proteger-te se souberem o que está a acontecer.

Lembra-te que:
      A violência nunca é uma forma de expressar amor ou paixão por outra pessoa.
      Os ciúmes ou a traição não servem de justificação para qualquer comportamento violento. 
      Não és culpado/a pelo que te aconteceu ou está a acontecer.
      Ninguém tem o direito de ser violento/a contigo.

      Se testemunhaste algum crime, é muito importante que o denuncies às autoridades. Se o fizeres, a probabilidade de a pessoa que o cometeu ser punida e impedida de fazer o mesmo a outras pessoas é maior.

20 de março - Dia Internacional da Felicidade

Já sorriu hoje? J Em 2012, os 193 estados-membros da ONU (Organização das Nações Unidas), aprovam por unanimidade “O Dia Internacio...