Nomofobia
O termo nomofobia tem origem no inglês
No-Mo ou No Mobile, que significa sem telemóvel. É usado para descrever a fobia ou sensação de
angústia que surge quando alguém se sente impossibilitado de comunicar, ou se
vê incontactável quando está sem o seu telemóvel ou sem outro dispositivo
tecnológico.
É uma doença
relativamente recente, que surgiu pelas mudanças e avanços tecnológicos da
sociedade.
As novas tecnologias tornaram a comunicação entre as pessoas
tão fácil quanto o aperto de um ou dois botões. A facilidade de entrar em
contato com outras pessoas e, ao mesmo tempo, de estar ao alcance delas traz
inúmeras consequências, tanto positivas quanto negativas.
O indivíduo com
nomofobia sente ansiedade e/ou falta de ar, tonturas, tremores, suores frios,
batimentos cardíacos acelerados, dor no peito e até ataques de pânico, irritabilidade, sensação de solidão (mesmo quando se
está rodeado por muitas pessoas) e falta de concentração.
As pessoas com Nomofobia não
conseguem imaginar sair à rua sem o telemóvel, e caso se esqueçam deste voltam
atrás para o buscar. É também comum abandonarem o que estão a fazer só para
atender o telemóvel.
Em situações mais graves, este problema pode afetar os
relacionamentos interpessoais, havendo um distanciamento do mundo real.
Causas
Baixa
auto-estima e dificuldades nos relacionamentos sociais são fatores de risco que
podem causar nomofobia.
O vício no
sistema de recompensa de redes sociais – como os likes do facebook,
views em vídeo de youtube, e ‘corações’ no Instagram – também pode ser um fator
que contribui para a dependência, pois é uma forma de obter pequenos prazeres
psicológicos de forma fácil e rápida.
Consequências
- A nomofobia
afeta significativamente o processo de ensino-aprendizagem dos estudantes, uma
vez que estes sentem ansiedade e medo quando não estão com os seus
telemóveis e observam frequentemente os seus aparelhos durante as aulas,
ansiosos por mensagens;
- Prejuízo nas relações socio-afetivas
dos jovens, privilegiando estes as interações via telemóvel,
- Problemas ao nível da comunicação em
família.
Se reages mal quando
perdes a rede móvel ou simplesmente não existe wifi, e te identificas com algum
dos sintomas acima, deves consultar um especialista para fazer um diagnóstico
preciso e pensar na ação oportuna para curar a dependência patológica do
telemóvel. A coisa mais importante é identificar o problema e logo após, pedir
ajuda.
Podes fazê-lo junto do Serviço de Psicologia e
Orientação da tua escola.